Marina e Apolonio, E uma história de Perseverança evbarbosa94, 12 de outubro de 202313 de outubro de 2023 Hoje falaremos de um casal que pela graça de Deus persevera na caminhada, da Paróquia Santa Maria Goretti, os quais, aliás, iniciaram sua jornada aqui muitos anos atrás, quando Santa Maria Goretti ainda fazia parte da Paróquia Nossa Senhora do Carmo como comunidade. Marina e Apolonio, durante uma entrevista de uma hora, compartilharam um pouco do vasto conhecimento que possuem sobre nossa igreja, suas experiências positivas e perseverantes, bem como a história de como se conheceram. PASCOM: Marina, como e quando foram seus primeiros passos na igreja? “Iniciei minha jornada na igreja através da catequese com o Padre Saturnino. Lembro-me de que o Padre Saturnino costumava visitar as casas dos moradores para buscar as crianças que não estavam frequentando a catequese. Ele visitou minha mãe quando morávamos em uma pequena comunidade. Ele reunia as crianças e, assim, comecei minha jornada na catequese, fiz a Primeira Eucaristia, a Crisma aconteceu em outra paróquia, a Nossa Senhora do Carmo, que era nossa paróquia-mãe na época. Eu continuei envolvida na igreja e, mais tarde, comecei a auxiliar na catequese. Coordenei a Crisma por um longo período e também participamos do Grupo de Jovens.” Diante do encontro de casais deste ano na paróquia, Marina e Apolinio foram questionados sobre seus primeiros passos na igreja: PASCOM: Apolonio, e como foram seus primeiros passos na igreja? “Comecei quando tinha 13 anos, em 1974. Ingressei na igreja e participei do Grupo de Jovens. Eventualmente, tornamo-nos coordenadores desse grupo durante o período em que o Padre Saturnino estava à frente. Tivemos a responsabilidade de coordenar a comunidade, embora ainda não fôssemos oficialmente uma paróquia. Ficamos nessa função por dois períodos de dois anos cada, totalizando quatro anos.” Agora que quebramos o gelo e compartilhamos suas experiências interessantes, vamos explorar como Marina e Apolinio se conheceram. Com tantos anos de casados, dois filhos exemplares que são referências para a comunidade, Marina e Apolonio compartilham a história de como se encontraram: PASCOM: Marina e Apolonio, como vocês se conheceram? Nós nos conhecemos durante um encontro do Grupo de Jovens. Embora frequentássemos a mesma comunidade, não tínhamos uma amizade profunda até que começamos a nos relacionar dentro do grupo. Desenvolvemos nossa amizade durante o trabalho no Grupo de Jovens, mas nosso namoro começou depois disso. Nós éramos amigos enquanto coordenávamos o Grupo de Jovens por dois mandatos no JOCRI (Jovens em Cristo). Depois de um tempo, começamos a namorar, noivamos e finalmente nos casamos em um período de apenas 1 ano e 8 meses. Sabemos que uma vida comunitária envolve mais do que apenas voluntariado na igreja. Marina tem histórias inspiradoras para compartilhar e lições a ensinar àqueles que estão na mesma jornada. Ela compartilhou algumas de suas experiências em pastorais e os desafios que enfrentou: PASCOM: Marina e Apolonio, quais pastorais vocês mais gostaram de trabalhar e que desafios encontraram? MARINA: Para ser sincera, o que mais gostei de trabalhar foi com os jovens. Após o casamento, o Padre Saturnino exigiu que todos os grupos de jovens tivessem um casal para acompanhá-los. Como já conhecíamos muitos jovens da comunidade, continuamos envolvidos no grupo. Se houvesse um retiro, por exemplo, era necessário ter um casal presente. Isso foi uma fase muito gratificante para nós, pois construímos pontes entre os jovens e seus pais. Alguns jovens tinham conflitos com seus pais, e o Padre Saturnino ficava sabendo disso. Como responsáveis pelo grupo de jovens, nós o representávamos nessas situações, uma vez que ele estava na matriz e havia muitas comunidades para atender. Criamos uma pastoral chamada “Promoção Humana”, na qual saímos às ruas para pedir ajuda. Cada sábado, convocávamos casais que podiam ajudar, com a aprovação do Padre Saturnino. Tudo o que arrecadávamos era doado às famílias cadastradas. Visitávamos essas famílias e nosso trabalho teve um impacto significativo, inclusive resultando em muitos casamentos dentro do grupo de jovens. Coordenar os Ministros da Eucaristia também foi um desafio, pois envolve a comunicação com pessoas de todas as idades, cada uma com sua peculiaridade. APOLONIO: O maior desafio para mim foi coordenar o Grupo de Jovens e, posteriormente, o Encontro de Casais, que organizamos na paróquia. Fomos palestrantes e coordenadores por um período, o que representou um grande desafio. Além disso, atualmente coordeno o Terço dos Homens há quase seis anos, o que tem sido uma experiência marcante. Requer muita dedicação e oração, mas graças a Deus, temos conseguido manter nossas orações e encontros familiares em casa. Frente ao encontro de casais, Marina e Apolonio relembram os bons frutos que sempre obtiveram, o que ajudaram a alcançar e o que aprenderam ao longo do tempo. Este será o 14º ECC da Paróquia, como coordenadores esse ano. É o primeiro ECC pós-pandemia, com a presença do Padre Cícero. Além disso, eles coordenaram o primeiro ECC que a paróquia teve. A Paróquia Santa Maria Goretti é uma referência positiva na forania no que diz respeito ao ECC, visto que algumas paróquias ainda não adotaram esse movimento. Marina e Apolonio estão cientes da grande responsabilidade que têm este ano, confiando em Deus. “O Espírito Santo é movimento, e a água parada da bicho.” PASCOM: Marina e Apolonio, sendo este o primeiro ECC após a pandemia, o que vocês esperam dele? MARINA: Nós coordenamos o primeiro encontro de casais aqui, algo que o Padre Amauri trouxe para nossa paróquia. Eu nem me lembrava disso até que Maria, ao ler o Mirante, mencionou que coordenamos o primeiro ECC. No entanto, nosso maior desafio agora tem sido reunir as pessoas. Tivemos quatro tentativas de montar equipes, mas os coordenadores enfrentaram dificuldades para encontrar participantes. O Senhor nos deu palavras de sabedoria e compartilhamos essas palavras com o padre. Percebemos que muitas pessoas estão feridas devido à pandemia. A palavra de Mateus 11: “Se queres, podes me curar” nos tocou profundamente, e chegamos à conclusão de que este encontro veio para curar os corações. A pandemia causou perdas de entes queridos para muitas famílias, alguns perderam seus cônjuges, e houve casais que não conseguiram lidar com a pandemia e se separaram. Isso foi chocante para nós, tornando a montagem das equipes uma tarefa complicada. Conversamos com um casal a pedido do Padre, que foi uma experiência interessante. No dia da feijoada, liguei para eles com urgência. Foi um momento tocante, e a palavra “estive com sede e me deste de beber” (do Sermão da Montanha) estava em nossos corações. Todos nós choramos e, durante a partilha, uma paroquiana trouxe uma garrafa de água, dizendo que Jesus havia pedido que entregasse água a nós, confirmando tudo o que tinhamos partilhado, ela só veio depois que acabou toda partilha, porque Deus tocou o coração dela. Em uma das reuniões, compartilhamos uma palavra de sabedoria com os casais: “A cura acontece no caminho.” Este encontro é uma oportunidade para a cura das pessoas. Outra palavra de sabedoria que compartilhamos foi “Quem não é visto não é lembrado”, pois muitas pessoas deixaram de frequentar a igreja durante a pandemia e foram esquecidas. Meu filho também mencionou algo importante: “O Espírito Santo é movimento, e a água parada da bicho.” Marina e Apolonio enfatizam que tudo tem um propósito de Deus, envolve oração e tem um significado. Eles caminham não apenas juntos, com seus filhos e nora, mas também com Jesus e Maria, em oração e perseverança. Continuamos com uma pergunta interessante para ambos: todas as quartas-feiras, eles organizam o “Terço das Mães que oram pelos filhos” seguido pelo terço dos homens na paróquia. Este é um importante serviço à comunidade. Como um casal que perseverou, eles agora coordenam dois movimentos que permitem que toda a comunidade participe no mesmo dia. Qual é a motivação deles para estarem organizando esses movimentos? PASCOM: Apolonio, o que te motiva a participar do Terço dos Homens? Gosto de rezar pelos meus filhos, pelo meu povo e pela minha família. Marina iniciou o Terço das Mães que oram pelos filhos em 2002, diante do Santíssimo, devido a algumas mães que enfrentavam problemas com seus filhos, como o uso de drogas, por exemplo. Durante a pandemia, enfrentaram um grande desafio, pois não podiam se reunir presencialmente. Eles começaram a transmitir online, nas redes sociais, e perceberam os aspectos positivos dessa abordagem, como a capacidade de se conectar com pessoas de fora do estado, incluindo Pernambuco, bem como de outros países. Qual é a motivação de Marina para perseverar neste movimento? PASCOM: O que te motiva a continuar com o Terço das Mães que oram pelos filhos? O que me motiva são os testemunhos. (Marina compartilhou alguns testemunhos impactantes, mas decidimos não incluí-los aqui. Todas as quartas-feiras, às 18h, o Terço das Mães que oram pelos filhos se reúne na igreja.) Marina e Apolonio, apesar de serem bem conhecidos na paróquia, quem são eles fora da igreja? Pais de dois filhos já adultos, Juliana e Cezar, Marina e Apolonio têm seus passatempos, por assim dizer, coisas que gostam de fazer fora da igreja: PASCOM: Quem é Apolonio fora da igreja? Eu gosto de caminhar, corro um pouco, gosto de estar com a família. Quero que a comunhão esteja sempre presente em minha família, nas minhas orações da manhã e da noite. PASCOM: Quem é Marina fora da igreja? Gosto muito de viajar, amo viajar. Gosto de me reunir com as pessoas que gosto para conversar, marcar um café ou comer um bolinho. Meu maior hobby é estar com a família. Amo ler, e em toda parte da minha casa, existem livros. Também gosto de olhar fotos antigas, vendo como Deus tem sido generoso conosco. Este é o fim de uma breve conversa com Marina e Apolonio, que certamente, se tivéssemos mais tempo, poderíamos continuar por horas. COMEÇO - MEIO - FIM
Esse casal é um grande exemplo no meu matrimônio, a amizade mesmo distante é verdadeira e quando nos encontramos nada mudou, saudades de vocês tios Responder